Números continuam em ascensão e alavancam setor da construção civil

Apesar dos efeitos negativos registrados em quase todos os segmentos de atividades no Brasil e no mundo, durante e pós-pandemia da Covid-19, a construção civil no País continua sendo uma exceção, com o setor registrando o crescimento do seu PIB pelo sétimo trimestre consecutivo.

Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados no final do último mês de julho, analisaram os números do primeiro trimestre de 2002 e definiram uma alta de 0,8%, mantendo a sequência de elevações registradas nos seis trimestres anteriores. 

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Para corroborar com essa constatação, o Guia do Construtor foi buscar informações junto à Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que pela segunda vez consecutiva em 2002 ampliou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto da Construção Civil, tendo como base o estudo “Desempenho Econômico da Indústria da Construção – Segundo Trimestre  de 2022”, publicado no final do último mês de julho.   



Construção civil retoma o crescimento e espanta o desemprego - Constru360°

Ainda de acordo com a CBIC, pelo segundo ano consecutivo a construção civil crescerá acima da economia nacional. A explicação para esse comportamento é o ciclo de negócios em andamento, iniciado nos últimos dois anos, que tem garantido o ritmo de crescimento no setor. Esse ritmo de atividades é aguardado também para este segundo semestre de 2022, com maior impacto gerado a partir de atividades das famílias brasileiras, por meio de pequenas obras e reformas.


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Também colaboram para esses números positivos as novas medidas para o Programa Casa Verde e Amarela, que deverão refletir em ponto positivo nas atividades do setor, o que deverá começar a ser observado nos últimos meses deste ano. 

A tendência de constante ascensão da construção civil no Brasil ocorre mesmo com o contraponto observado por empresas e profissionais envolvidos no setor, que apontam como principais problemas a falta ou o alto custo dos insumos e as taxas de juros elevadas.

Ainda de acordo com a CBIC, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os três insumos que mais sofreram aumentos entre julho de 2020 e junho de 2022 foram os vergalhões e arames de aço (99,6%), tubos e conexões de ferro e aço (89,4%) e tubos e conexões de PVC (80,6%).

Novos postos de trabalho 

Acompanhando os números positivos do setor, o mercado de trabalho na construção civil apresenta neste momento índices mais elevados do que os registrados na pré-pandemia. 

Desta forma, nesta etapa pós-pandemia o setor no Brasil já gerou mais 430 mil novos postos de trabalho com carteira assinada, entre março de 2020 e junho de 2022, assim distribuídos: obras de edificações sendo responsáveis por 175.640 novas vagas; obras de infraestrutura 93.961 e serviços especializados para construção gerando 166.368 novos postos  de trabalho abertos. 

“O bom desempenho da construção civil exerce efeito positivo em toda a economia nacional, em função da sua extensa cadeia produtiva. Isso significa que mais atividade na construção é mais renda, mais emprego e mais geração de tributos em toda a economia nacional. Num momento em que o país busca consolidar o seu processo de crescimento, a construção civil segue se destacando e contribuindo de forma estratégica”, destaca a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos.