Esquadrias em casas e apartamentos: quando reparar ou substituir nos projetos de reformas?

Na reforma da cozinha executada pela arquiteta Andrea Camillo, o alumínio foi o material escolhido para as esquadrias: branco para as janelas e preto para as portas que preservam o ambiente. A decisão surgiu com o intuito de remeter ao estilo da serralheria, mas ao mesmo tempo contar com a leveza e a funcionalidade do alumínio| Foto: JP Image

Muitas dúvidas podem aparecer na etapa de decidir as esquadrias do projeto residencial. Além do estilo das portas e janelas, principalmente quando a reforma ou a substituição é realizada em apartamentos, um conjunto de regras ditadas pelo condomínio devem ser observadas – pontos esses que, em muitas vezes, delimita o trabalho do profissional de arquitetura ou os desejos do morador que está em busca de um novo visual ou funcionalidade para elas.

Segundo a arquiteta Andrea Camillo, à frente do escritório que leva o seu nome, conhecer o estilo de esquadrias para cada ambiente, a relação das características e normas a serem seguidas na substituição, bem como os materiais – e quais deles melhor se adequam às características do projeto –, são fundamentais para a execução da obra. A seguir, ela relacionou um guia que ajudará àqueles que em breve passarão por essa fase.

Casa x Apartamento

 

A profissional explica que existem diferenças significativas para a definição das esquadrias em um projeto de casa ou apartamento. Em linhas gerais, o proprietário de uma residência enfrentará menos empecilhos no processo, uma vez que a escolha se torna mais livre. Entretanto, o mesmo não se aplica aos apartamentos, já que a obra por si demanda autorização prévia do condomínio e a necessidade de acompanhar regras específicas.

 

Experiente no assunto, Andrea ressalta que o artigo 136, da Lei 10.406 do Código Civil Brasileiro é enfático quanto aos direitos e deveres do condômino. O inciso III discorre quanto ‘não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas’. “Ainda que o desejo seja por realizar a substituição por uma janela completamente semelhante à original, muitos condomínios, ainda assim, não permitem a retirada. Nesse caso, qualquer conserto ou pintura deve ser feita in loco”, explica.

 

No tocante às portas de entrada dos apartamentos, o cenário não é diferente. Geralmente, uma possível mudança deve ser averiguada e negociada antes do começo da obra. Para a arquiteta, prédios que apresentam apenas um apartamento por andar costumam ser mais flexíveis e aceitar a troca. “Mesmo assim, por conta das especificidades convencionadas por cada condomínio, é fundamental consultar todas as normas antes de começar a se planejar”, enfatiza Andrea.

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Na reforma desse apartamento antigo, habitado pelos moradores por mais de 30 anos, a janela de correr do living contava com vidros fumês e baguetes douradas. Com a revitalização, a arquiteta Andrea Camillo optou por vidros transparentes e a estrutura na própria cor das esquadrias| Foto: JP Image

Depois de avançar naquilo que se pode (ou não) executar, o projeto deve avaliar não apenas a estética da porta ou janela, como também a função que desempenhará, as questões climáticas de onde estará localizada e pontos sobre praticidade na utilização e manutenção. “Além disso, o morador também costuma nos demandar, por exemplo, janelas maiores para ampliar a ventilação ou modelos que propiciem uma limpeza mais simples, entre outras particularidades. Tudo depende das necessidades de cada projeto e das preferências de cada cliente”, detalha a arquiteta.

 

Reformar ou comprar uma esquadria nova?

 

De acordo com Andrea, essa é uma pergunta recorrente, que pode ser respondida após uma análise detalhada. Se a janela antiga estiver em boas condições, em muitas ocasiões a reforma pode considerar a execução de uma nova vedação, bem como a troca de borrachas, roldanas ou mesmo a aplicação de uma nova pintura. “Entretanto, se os problemas apresentados forem além disso, o ideal é trocar”, considera.

 

Aberturas de esquadrias

No banheiro do apartamento reformado pelo escritório, o formato maxim-ar em alumínio | Foto: JP Image

Com relação aos tipos de esquadria, a Andrea esclarece que há uma ampla variedade aberturas que são definidas conforme as condições e os tipos de cada ambiente no projeto. Acompanhe os principais:

 

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· Esquadria de abrir: considerada a mais tradicional, a porta conta com dobradiças fixadas aos batentes que permitem a abertura da folha, seja para fora ou para dentro;

 

· Esquadria de correr: bastante usuais, se aplicam para portas e janelas que se movimentam por meio de trilhos, no piso e no teto, que permitem a movimentação das folhas. “A decisão pelo trilho adequado é fundamental para o funcionamento perfeito”, orienta Andrea. No caso das portas, é uma solução interessante para ampliar a área útil do cômodo onde serão instaladas;

 

· Esquadria basculante: nas janelas, o pivô permite movimentar as básculas – uma parte para fora e outra para dentro do ambiente. "Elas lembram muito os vitrôs utilizados antigamente nas edificações", relembra a arquiteta;

 

· Esquadria guilhotina: nas janelas, o formato de abertura conta com uma folha superior fixa, enquanto a inferior está apta para realizar o movimento de subir e descer para a abertura e fechamento;

 

· Esquadria camarão ou sanfonada: encontrada em portas, as folhas correm um trilho em deslocamento que deixa o vão praticamente livre para a passagem do usuário;

 

· Esquadria Maxim-ar: com abertura debaixo para cima, alcança um ângulo de 90 graus e é geralmente instalada em apartamentos, proporcionando mais ventilação.

 

Estilos das esquadrias

Tendo em vista a forma de abertura das esquadrias, o próximo passo é pensar na estética, que deve dialogar com o décor do ambiente e as preferências reveladas pelo morador. “No projeto, as escolhas são sempre efetivadas considerando um equilíbrio entre a estética e a funcionalidade. E é imprescindível acolher a opinião do morador, que sempre pesa bastante”, afirma Andrea. Ela ainda acrescenta que portas e janelas não se limitam apenas a estes pontos já mencionados, pois também cooperam na definição da linguagem do projeto arquitetônico.

 

Materiais das esquadrias

Na reforma de cozinha dessa casa, a arquiteta Andrea Camillo manteve as esquadrias de madeira, que já faziam parte do imóvel, e trabalhou a modernidade por meio do mobiliário planejado que acompanhou o novo layout do ambiente. O resultado foi um cômodo com ares contemporâneo, além de bem iluminado e ventilado | Foto: JP Image

São diversos os materiais para esquadrias e cada um acompanha as suas especificidades. Entre os mais requeridos nas obras estão o PVC, alumínio, ferro e a madeira.

 

Nos atributos de manutenção e limpeza, alumínio e PVC são, sem dúvidas, as melhores opções e ainda conquistam o coração por serem resistentes, exigirem baixa manutenção e, no aspecto financeiro, agradarem os clientes pela excelente relação custo-benefício. No contraponto, portas e janelas de madeira ou de ferro são conhecidas por sua necessidade de manutenção frequente e um valor mais alto. “Mas é incontestável que a madeira é o principal material quando o assunto é isolamento termoacústico. Por isso, a decisão não pode acontecer sem levar em conta aquilo que o projeto realmente precisa”, recomenda a profissional.

 

Pensando na decoração de interiores, todas as esquadrias podem se encaixar em projetos contemporâneos, mas alguns atributos se conectam melhor a um determinado estilo. É o caso da madeira, que evoca uma atmosfera mais rústica, enquanto o alumínio conversa com um décor mais moderno.

 

Instalação das esquadrias

 

A instalação de portas e janelas deve ser efetuada por profissionais especializados e seguir atributos técnicos. A preocupação com um peitoril com caimento correto, a vedação adequada para não incorrer em infiltrações futuras e o acompanhamento exímio do manual de instruções trazido pelo fabricante da esquadrias são algumas das questões que a arquiteta Andrea Camillo indica acompanhar durante o processo de obras.



Essa matéria foi concedida pela DC33. Muito obrigado Andrea Camillo Arquitetura e DC33 pelo material disponibilizado.