Nesta casa de campo, a arquiteta Isabella Nalon adotou um modelo de ferro com sistema pivotante e pintura que imita aço cortén. Em áreas externas, convém eleger materiais de alta resistência e cuidar para que manutenção esteja sempre em dia |Fotos: Julia Herman
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A arquiteta indica o alumínio para quem busca durabilidade e versatilidade. “Não corrói, é leve, de fácil manutenção e permite grande variedade de desenhos e medidas”, fala. O PVC, por sua vez, é recomendado quando existe a necessidade de isolamento térmico e acústico, além de ser fácil de limpar e manter. Quando se trata de portas instaladas no muro da casa e que dão diretamente para a rua, Isabella recomenda as de ferro. “Elas combinam resistência, segurança e preço acessível. Mas exigem que a pintura seja refeita com frequência para garantir que não enferrujem, principalmente quando expostas à água. Como são pesadas, vale investir em boas ferragens e dobradiças, preferencialmente de aço inox”, ensina. Caso opte por madeira nas portas externas, elas também apresentarão uma necessidade maior de manutenção. “Prefira um modelo maciço em razão do provável contato com a água”, pontua.
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Quais são os modelos mais conhecidos de portas e para que eles servem?
Os tipos disponíveis no mercado se adaptam a diferentes projetos, necessidades e vãos de abertura. Isabella Nalon detalha abaixo quando usar cada um deles:
Articulada: as folhas se dobram uma sobre a outra e ficam recolhidas na lateral quando a passagem está aberta. Pode ser composta de duas ou mais partes, a depender da necessidade do projeto. Favorece a circulação em ambientes pequenos, mas não veda tão bem o som e pode ser pouco prática de manusear.
De correr: ideal para a abertura de grandes vãos, dispõe de folhas que deslizam sobre um trilho e, assim, integram os ambientes. Facilita a circulação e proporciona flexibilidade à planta sem ocupar tanto espaço. Não costuma vedar a passagem de som e, se as folhas são muito largas, empurrá-las pode pode se tornar um inconveniente.
Mimetizada: usada quando a ideia é camuflar a passagem num painel para deixar a linguagem do ambiente mais leve e limpa. Nesse caso, o ideal é utilizar dobradiça invisível, que fica totalmente escondida, ou então fazer a porta pivotante. Funciona especialmente bem em ambientes onde existe um excesso de portas, o que poderia causar confusão visual. Também é uma boa alternativa para paredes revestidas, dando a sensação de grandes painéis.
Pivotante: estruturada em torno de um pino-pivô, possui maior amplitude de giro, o que possibilita a criação de vãos mais largos. Seu grande apelo estético faz com que seja a queridinha para o hall de entrada. Feita sob medida, costuma ter custo elevado. Importante: o modelo não veda a entrada de água de chuva.
Tradicional: modelo de passagem mais comum, com abertura em uma folha. Adequa-se a qualquer tipo de projeto, é econômica, facilmente encontrada para pronta-entrega e veda bem a passagem de som, mas tem um cardápio limitado de dimensões-padrão. Indicada para a entrada de quartos e banheiros, ambientes onde não existe a necessidade de vãos mais largos. É a melhor em termos de vedação acústica.
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Portas de correr de madeira integram ou isolam a sala de jantar e a cozinha, o que traz flexibilidade ao projeto. Quando fechadas, as folhas de MDF amadeirado filetado praticamente se camuflam no grande painel de marcenaria. Projeto de Isabella Nalon |Foto: Luis Gomes
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Como definir o tamanho da porta?
Uma porta tradicional mede 2,10 m de altura e a largura varia de 60 a 90 cm, sempre de 10 em 10 cm. Essas são as dimensões padrão encontradas para pronta-entrega no mercado. Escolher o tamanho ideal de porta, porém, requer analisar a relação entre investimento e necessidade. Na passagem para as áreas íntima ou de serviço da casa e na entrada de cômodos mais reservados, como quarto, banheiro e home office, pode-se trabalhar com portas de madeira de medida padrão, que têm ótimo custo/benefício.
Em fachadas e ambientes integrados, Isabella sugere trabalhar com grandes vãos, pois eles contribuem para a iluminação e ventilação, além de trazer sensação de amplitude e impacto visual. Entretanto, essas portas especiais terão de ser produzidas sob medida, o que as transforma num investimento mais dispendioso.
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Para manter a integração entre espaços internos e externos, Isabella projetou portas de correr de vidro que se estendem do piso ao teto. Desse modo, os ambientes seguem conectados mesmo se as folhas estiverem fechadas | Foto: Luis Gomes
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Como fazer a manutenção e limpeza das portas?
Procure encaixar uma limpeza de rotina, com pano úmido bem torcido, no cronograma de faxina semanal da casa. Se houver necessidade de uma higienização mais profunda ou quando chegar o momento de realizar outras medidas de manutenção, é preciso levar em conta o material da porta, que pode ser danificado pelo contato com produtos inadequados. “Nunca use abrasivos sobre qualquer material. Portas de madeira envernizada instaladas na fachada da casa pedem reaplicação do verniz pelo menos uma vez ao ano. Em portas internas pintadas, reaplicar a tinta a cada cinco anos. Modelos de alumínio e PVC requerem apenas limpeza comum. No caso das portas de correr, é importante ainda evitar que a sujeira se acumule nos trilhos”, instrui Isabella. Dobradiças, fechaduras e roldanas devem ser lubrificadas periodicamente, ao menor sinal de necessidade.
Por fim, Isabella ressalta o papel do arquiteto em assegurar a escolha correta das portas. “O profissional, ao criar um projeto, desenvolve uma planta de esquadrias, e detalha uma por uma, definindo o modelo ideal de portas e janelas, as medidas, o sentido de abertura, a cor, o tipo de ferragem. É desenvolvida também uma tabela com a descrição das peças, utilizada tanto na construção como para orçamento e execução”, conclui.
Essa matéria foi concedida pela DC33. Muito obrigado Isabella Nalon Arquitetura e DC33 pelo material disponibilizado.
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